Estreou em Portugal em 1987. Muitos associam esta série de desenhos animados ao programa "Agora Escolha", por ser no intervalo deste que passava a série da Ana dos Cabelos Ruívos. Enquanto as pessoas iam fazendo a votação, a Ana encantava. E não só os miúdos, mas graúdos também.
é uma menina órfã que um dia é levada por uma família do campo. Mas ao chegar vê os seus sonhos e fantasias (e Ana tem-nos como ninguém!) desmoronarem, ao entender que a família adoptiva, os irmãos Marília e Matias, queriam um rapaz para os ajudar no trabalho na quinta. Ana já se apaixonou pelo local, que corresponde a todas as suas fantasias. E a menina não é de escondê-las de ninguém. O que deixa todos muito espantados.
vai ser devolvida ao orfanato, por não ser um rapaz. Está destroçada. Vai perder o «lago das águas prateadas» e a «Rainha da Neve» - nomes fantasiosos que atribuiu a coisas do local à medida que se deixava envolver.
Estes desenhos animados cairam-me no goto novamente, quando os revi após serem lançados em Dvd. O que mais me encantou ao revê-los é a percepção da vida naquele tempo. Dos actos domésticos, das responsabilidades, dos valores sociais, dos papéis do homem e da mulher e como tudo isto vivia em perfeito equilíbrio.
A imagem dos dvds não é lá dessas coisas. Nenhum esforço parece ter sido dado para restaurar a luminosidade perdida das vhs. Isto até pode diminuir o interesse em ver um episódio mas, ao fim de uns 4, já quis ver todos que se seguiam.
Encantei-me novamente por . De imaginação e criatividade também eu sou bem dotada, pelo que nunca me achei parecida com a personagem... mesmo quando as mães gostam de provocar as filhas, insinuando que têm um mau comportamento quando as comparam a traquinas personagens de desenhos animados.
Não, não me acho parecida a Ana, embora talvez na imaginação fosse. Mas ela viveu no campo, com lagos, árvores, florestas, rios... onde, como a própria conta, é mais fácil sonhar do que na cidade. Eu sou urbana mesmo! Criada em apartamento, num prédio bem alto, com algum verde e jardins à volta (graças a deus) mas com os pés longe do chão. Porém, isso não era impedimento para conseguir, recorrendo à imaginação, inventar uma brincadeira cativante nos momentos de tédio.
Eis um trecho da série que mostra o encanto que sinto por estes simples gestos quotidianos. PS: numa altura em que tudo vem em embalagens de plástico, alguém, assim como Ana e Eu, chegou a descascar ervilhas? E espreitou o mundo através das cores de diferentes papéis de rebuçado? Que nostalgia!
Disponibilizo esta série restaurada para venda ou troca. Sim! Leram bem. R-e-s-t-a-u-r-a-d-a. Descobri que não consigo ver aquela imagem escura com que soltaram a série para o mercado e decidi fazer tudo de novo. O resultado é surpreendente. Vale mesmo a pena ver a com as cores vivas e com maior definição e luminosidade. É como se fossem duas coisas diferentes e a que apetece ver é esta, claro! :) Contacto: fadebd@sapo.pt.
TROCA & VENDA